Eu não aguento esta pressão!

quarta-feira, abril 26, 2006

Vestidos de cerimónia


Jesus!
Que drama!
Queridas amigas, assíduas leitoras deste blog:

Eu posso ser muito vaidosa, mas odeio, friso, odeio ter de comprar roupa de cerimónia.
Estou muito contente pelo facto de quatro bons amigos meus, irem casar uns com os outros ( alto lá, uns com os outros, salvo seja.. Dois casais, é melhor assim). Estou felicíssima, mas infeliz ao pensar no vestido de cerimónia.
É um inferno! São rios de dinheiro que se gastam numa fatiota que se usa apenas, peço agora a vossa extrema atenção, apenas uma vez!! Sim, uma vez!
Eu pertenço a uma grande comunidade, e mesmo que se desatem a casar todos, as vestimentas têm obrigatoriamente de ser diferentes porque as pessoas são sempre as mesmas...
Enfim, o dinheiro realmente é um problema, mas outro problema ainda maior é a minha falta de pachorra para comprar vestidos e roupas de cerimónia.
Pasmem-se as almas, mas é a pura das verdades, eu não gosto de comprar este tipo de roupas.
É uma saga infindável. Vestido com preço não inferior a trezentos euros, mais sapatos, pochette, cabeleireiro, depiladora e o raio que o parta!
É ver-nos a palmear centros comerciais, Rua Augusta, Av. Républica, Av. de Roma, Guerra Junqueiro.. eu sei lá...
O desespero é muito, porque a verdade universal é que os vestidos de cerimónia são horrorosamente feios.. Feios, pirosos, até mete dó.
Era juntá-los e queimá-los em praça pública. Ninguém fica bem naqueles acetinados lilases com papoilas pintadas a aguarelas mais a boa da écharpe que não serve para nada.
Ma também temos os modelitos à Fátima Lopes, chapa quatro, bem justinhos, mamas de fora e cores cansativas. E diz ela que não é preciso ter um corpo de modelo para usar aquilo...
Depressão, depressão...
Acabei por comprar um vestido que por acaso até estou um pouco reticente.. é que depois de ver e experimentar tanta merda, entrei num estado de desespero tal que aquele pareceu-me bem, é óbvio que levei comigo uma segunda opinião.
Para os mais curiosos, dou mais umas dicas, é aquilo que eu no inicio da saga não queria, é estampado...
Ui....
Não há de ser nada..
Agora falta-me tudo o resto...
Nisto é que se vê a vantagem de ser homem, sem preocupações, sem marcações no cabeleireiro, depiladora, sem stresses na roupa.
Calmos e tranquilos, treinam as anedotas secantes e preparam partidas ao noivo.
Que bom que é a alegria de ser macho.


*suzette*

terça-feira, abril 11, 2006

Um carro ENORME!

É daquelas coisas..
Já uma tipa não pode estar distraída de manhã...
Saio de casa, e ponho-me a caminho do atelier. Como trabalho para os lados da Av. de Roma e é difícil de arranjar estacionamento, tive a sorte de dar com um largozinho, mesmo por trás do edifício onde trabalho. Os parquímetros estão avariados e é à vontade do freguês (não digo o sítio porque sabe-se lá quem irá ler isto.. Os tipos da EMEL estão em todo o lado...).
Bom, o problema é que ou vens de manhã cedinho e tens uma variedade de escolhas de lugar, ou então tás tramado. Eu tenho a mania de que sou chica esperta (admito) e ponho o carro no 1º buraco (salvo seja) que encontro e não penso mais nisso. Pois hoje deu-se uma situação dessas. Cheguei e os lugares estavam todos ocupados, dei a volta ao largo e como não vi nenhum resolvi estacionar naquilo a que chamo o lugar de reserva, que até é bastante concorrido, mas hoje estava vago.
O lugar de reserva é quando estaciono de espinha entre duas garagens. Todos sabemos que necessitamos de um certo espaço para estacionar, mas garanto que três metros de largura chegam perfeitamente para enfiar lá um carro. Ora, é precisamente essa largura, senão mais que existe entre as duas portas de garagens. Todos o fazem, não empata nada.
Hoje lá fui estacionar o meu belo e potente carro entre as duas portas de garagens. Ando ali a fazer manobras porque a entrada para as garagens é em rampa e eu gosto de deixar o carro direitinho que é para não incomodar ninguém e não me arriscar a levar uma trolitada no espelho retrovisor.
Nisto, reparei que estava de longe a ser observada por um senhor que se apresentava com uma vestimenta de mecânico e pensei, Mas que raio, já não se pode manobrar em paz! È que isto enerva as pessoas.
Pensava eu que era apenas um curioso, afinal estamos num bairro e nos bairros existe uma certa tendência para estas coisas.
Qual quê! Assim que desligo o motor, noto que a abécula se dirige na minha direcção. Lá vem ele sebento e com o lenço de farrapos pendurado no bolso. Baixo um niquinho o vidro, não vá querer fazer-me judiarias e espero que o anormal dite da sua sentença.
Olhe desculpe! Não acha melhor estacionar naquele lugar ali atrás? Eu olho para trás e de facto está um lugar socialmente correcto vago. Nesse momento só não corei de vergonha porque sabe-se lá porquê, posso estar a passar a maior vergonha, mas as bochechitas simplesmente mantêm-se no seu tom. É uma defesa, aliás, nem sei bem porque é que se cora, é uma cana do caraças, percebe-se logo que o fulano está incrivelmente atrapalhado.
Continuando... Ah pois, obrigada, sim vou mudar, não tinha reparado que existia esse lugar. Mas o tipo insiste com a conversa, É que aí é um lugar entre garagens, é melhor estacionar no outro. Como se eu não tivesse ainda compreendido... e por isso torno-lhe a dizer mais uma vez que não tinha visto o outro lugar, mas o senhor parecia muito compenetrado em ditar o seu texto, Pois, é que já outro dia estacionou aí e dessa garagem sai um carro ENORME que se viu à rasca para sair por causa do seu carro e deste lado o senhor também teve dificuldades. Neste momento já nem sei o que pensar, está para aqui um tipo a dar-me sermões, quando este largo é uma barafunda, tipos que estacionam em cima dos passeios à maluca, outros que estacionam de tal forma nas curvas que por vezes é necessário andar ali a contorna-los como se fosse uma prova de perícia, e eu que à semelhança de outros estacionei num sítio até legal estou ali a levar uma seca..
Bom, encho-me de paciência e concedo-lhe mais uma ronda, Oiça, eu vou tirar o carro daqui, eu não tinha visto aquele lugar, está bem? E o mecânico que por sinal deve ser o carocho do largo, insiste, É que sai um carro ENORME dessa garagem...Pronto é o fim! E ele a dar-lhe com o carro ENORME! Mas alguém me explica o que será isso? ENORME? Será o Boeing dos automóveis? Será o Big Foot que sai de vez em quando para assustar os outros? E se é tão enorme assim como consegue sair daquela portita de garagem? Ou ele pensa que por me dizer que o carro é ENORME eu não torno a estacionar ali porque pode comer o meu? Bem deixa cá dizer à tipa que este carro é descomunalmente grande para ver se ela não estaciona aqui nunca mais!
Estes homens são cá umas bestinhas.. e depois lá foi à vida dele, não sem antes se certificar de ouvir o motor do meu carro. Mas eu juro-vos que aquele lugar é plausível, está quase sempre ocupado, mas enfim, eu sou gaja e ao tipo estava-lhe a correr mal a manhã...

*suzette*